O Lar Maria de Lourdes para mim não é somente uma casa de acolhimento. É um grande coração de amor. O grande coração da Dona Isabel, diretora e idealizadora desta Casa. Certamente se ela não tivesse o olhar, o sentimento de amor e o pensamento iluminado por Deus, o Lar não existiria.

Sou voluntária há oito anos e aprendi a viver, a respeitar e valorizar o que não valorizamos na vida, que é o amor de Deus. Aprendi a amar aqueles pequenos grandes seres humanos que aqui são acolhidos. Não citarei nomes em particular das crianças, jovens e adolescentes, porque para mim todos têm sua particularidade, sua individualidade e são todos meus filhos de amor, filhos do meu coração. Não existe um em particular.

Aprendi e aprendo com os funcionários do LAR que diante de tantas tribulações que a vida oferece sempre se têm um um minuto para um abraço, um beijo, um aconchego para aqueles seres humanos. Para mim é um fortalecimento de energia quando elas vão até as cadeiras e praticam esses gestos. Que sentimento quando nestes abraços elas dizem: vocês não estão sozinhos. Estamos juntos.

E até para eu que sou voluntária existe sempre um bom dia, um sorriso, um pouco de conversa, mesmo diante do tempo corrido por causa da rotina das crianças. Temos um tratamento de igual. Não existe uma diferença, porque todos têm um mesmo objetivo que é de tentar suprir a falta de amor, de um colo, de um carinho, e a falta de uma família.

Os olhos falam. Os gestos falam. O corpo fala.
Aprendemos quando estão felizes, quando estão tristes, quando sentem dor ou fome. Quem não conhece as características de seus filhos, de seus amados?
Este é o LAR MARIA DE LOURDES.

Enfim, agradeço a Deus a oportunidade desse aprendizado e convivência com todos os meus queridos desta grande CASA . Todos sem distinção. E… como diz um grande amigo: ” Quem não vive para servir, ainda não aprendeu a viver” .
Estamos aprendendo.

Helenita Toscano, voluntária há oito anos do Lar Maria de Lourdes